E a alma dormiu sem nenhum desejo.
Sigo a contemplar o lago mudo,
Vago, absorto, dormente,
Que a leve brisa estremece.
Encontro amigos, só, sem sonho ou pensamento,
Vácuo, o momento, o lugar,
E no letargo aniquilamento,
Respiro fumaça ampla,
Lúgubre,
Fúnebre,
Vazia!
Logo meu corpo entende-se com outro.
Beijo pouco,
Falo menos ainda...
Ela geme, ela sente, ela peida
E na noite nua me sorri tua alma
Nua, nua, nua...
Alguma coisa caiu e tiniu no infinito,
E súbito isto me bate:
Que o instante é o arremedo de uma coisa perdida...
Na alma meu corpo pesa-me!
Ouço a Esfinge rir por dentro.
Na alma meu corpo pesa-me!
Ouço a Esfinge rir por dentro.
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