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quarta-feira, 30 de março de 2011

Perfume de Epicuro

Passado o exame! 
Resultado incerto,
Futuro incerto.

Granjeio o afável alívio na morte da ânsia,
Mascaro o medo mordaz do potencial fracasso...

Tenho com amigos. 
Permito que o incenso polua os novos hábitos:
A fumaça tem a cor da tangerina e o sabor da maresia,
camarão cheira a Serra da Canastra,
O pão de queijo emite um som estridente: não se ouve o mestre falar da mente!

Jazo na cama a lembrar do macaco Petrônio: 
- Eita bicho danado a atirar caca na cabeça dos outros!

Leio Petrônio:

“Por que me olham com o cenho franzido, ó Catões,/ e condenam uma obra dotada de uma simplicidade inaudita?/ Nela sorri a graça não austera da linguagem cristalina,/ e o que o povo faz, uma linguagem franca traduz./ Pois quem não sabe o que é uma relação sexual,/ quem desconhece os prazeres de Vênus?/ Quem proíbe aquecer os membros no leito tépido?/ O próprio pai da verdade, o douto Epicuro,/ recomendou essas coisas em sua doutrina/ e disse que essa é a finalidade da vida.” (Satíricon)

Um comentário:

  1. O texto começou aplicado e acabou desvirtuado!Incenso danado...

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