Recollection of Mortefontaine
Camille Corot (1796-1875)
Quem sabe um dia, nele, eu me revele...
Por ora, dado o pouco tempo de que disponho, compartilho a epifania experimentada por meu compadre Riobaldo:
“(...)um dia, num curtume, a faquinha minha que eu tinha caiu dentro dum tanque, só caldo de casca de curtir barbatimão, angico, lá sei. - “Amanhã eu tiro...” - falei, comigo. Porque era de noite, luz nenhuma eu não disputava. Ah, então, saiba: no outro dia, cedo, a faca, o ferro dela, estava sido roído, quase por metade, por aquela agüinha escura, toda quieta. Deixei, para mais ver. Estala, espoleta! Sabe o que foi? Pois, nessa mesma tarde, aí: da faquinha só se achava o cabo... O cabo – por não ser de frio metal, mas de chifre de galheiro. Aí está: Deus... Bem, o senhor ouviu, o que ouviu sabe, o que sabe me entende...” (Guimarães Rosa – Grande sertão: veredas)
João,
ResponderExcluirBem vindo à blogsfera. Este mundo fantástico onde todas as opiniões são aceitas e onde temos um espaço onde despejar nossas criações. Parabéns pelo primeiro post.
Obrigado, Jair, pela gentileza do comentário. Meus parabéns pelo blog que pensa! Desde já passo a segui-lo.
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